Castro Laboreiro tem-nos dado muitas coisas boas. Entre as melhores, está o belo espécime canino que nos foi parar a casa: o Gerês. Não se enganem, o bicho é uma força destruidora que, por diversas vezes, me faz serrar os olhos enquanto passa tangentes com potencial para fazer voar o meu querido filho. Ainda sem ter atingido os dois anos de idade, já se nota alguma tendência para acalmar, estando, no entanto, longe do almejado estado de paz a que as nossas cadelas nos habituaram. Isto de se ter trazido um cão da serra para as proximidades da praia há-de ter tido o seu impacto.
Quando o Gerês vai ao Gerês vê-se que está em casa, ou melhor, quase se deixa de ver, tal é o nível de camuflagem com a paisagem. Os passeios que fazemos pelos montes na sua companhia são uma alegria. Está sempre alerta, alguns metros à nossa frente, como que a garantir que o caminho está livre de perigos para avançarmos. Por vezes desata numa correria ziguezagueante atrás de algum pássaro ou então ladra, afugentando bicharocos que tanto gostaríamos de ver. Por cada quilómetro nosso, ele faz dois ou três, mas isso não o parece afetar. Basta o vislumbre de um corso e lá vai ele, mais rápido que o Bolt. Apenas os garranos lhe parecem impor algum respeito, já que avança fazendo de conta que não se passa nada. Lamento que as vacas o percecionem como lobo e fujam, porque ele está sempre pronto para brincar e correr com elas.
Gerês-Chinês do nosso coração, viver contigo é uma emoção!





