Como referi o Alto do Giestoso no último post, lembrei-me de partilhar um percurso que fizemos em Fevereiro que é tangente ao ponto mais alto do Planalto de Castro Laboreiro. Chegar lá não é fácil e até seria um abuso da minha parte dizer que se trata de um “trilho”, na medida em que mais de metade da caminhada foi feita de improviso pelo meio da densa urze (no regresso, chegámos mesmo a ter de atravessar um riacho estreito). Apesar de o marco geodésico ser bem alto, ele é inverosivelmente esquivo para quem se aproxima a pé, sendo necessária alguma atenção para não lhe passarmos ao largo.
Este percurso circular de 6km não apenas explora a vertente meridional da necrópole megalítica como atravessa na totalidade uma das mais belas, altas e misteriosas brandas de Castro Laboreiro e a única com uma milenar ponte celta: Portos (a merecer oportunamente uma galeria mais completa de imagens). A paisagem é magnífica e a luz, quando o céu está limpo, parece emanar do interior das coisas que o sol ilumina. Penso que as fotos e os vídeos fazem jus à minha descrição. Como bónus, esta zona do planalto continua a ser um dos raros locais onde ainda hoje se avistam lobos ibéricos (não tivemos essa sorte).





NOTA: na fotografia do Planalto do Laboreiro que abre esta entrada pode ver-se ligeiramente à direita o pico na base do qual fica a Ermida da Senhora de Numão.
1 Comment