Obras (VII-IX)

Capítulo VII

No Qual Chega El-Rei Dom Sebastião, Isto É, Os Alumínios Encomendados Há Dez Meses, No Remoto Mês de Novembro de Dois Mil & Vinte & Dois

Ai os alumínios. Enquanto andávamos a tentar resolver todas as burocracias para a legalização e compra da casa, estalou o conflito na Ucrânia, fazendo disparar os preços das matérias-primas. No nosso caso, após pesquisarmos 4 fornecedores da zona (incluindo um galego), o preço mais em conta foi de longe o de uma serralharia de Monção. Como simpatizámos muito com os dois sócios que geriam a empresa, não hesitamos em adjudicar. Para além de quatro janelas, três portas e um portão, também ficaram de substituir os 4 acrílicos das clarabóias da casa por outros tantos vidros laminados foscos. A obra acabou por correr muito bem, ficando a casa mais luminosa e isolada (sonora e termicamente). Não deixou de haver alguns percalços, entre os quais o facto de terem adiado a entrega e instalação da obra nada mais nada menos do que sete vezes (juro), duas delas sem sequer avisar antes que não iriam entregar no dia combinado. Deu para me enervar muitas vezes, perder a paciência outras tantas e, inclusive, deslocar-me com o grande Jorge à oficina para tirar a limpo se a mesma existia ou não. Existia e tinha uma eslava muito fogosa para amortecer o impacto dos clientes insatisfeitos (que devem ser uns tantos). Não havia necessidade, caramba.

Capítulo VIII

No Qual Se Finaliza O Piso De Baixo & Se Fazem Rezas Para Que o Inverno Seja Breve Para Se Poder Tirar O Máximo Proveito da Casinha Laroca

E foi debaixo de intensa chuva (enfim, lá fora) que concluímos, já em Dezembro, o piso de baixo: casa de banho, quarto de hóspedes e ainda o walk-in-closet. A primeira divisão talvez tenha sido mesmo a que deu mais trabalho em toda a casa, mas acho que ficou supimpa. Agora é só a sogra vir cá estrear a suite.

Capítulo IX

No Qual Se Mencionam As Cenas Dos Próximos Capítulos

O que falta agora fazer? Algumas coisas, que passo a elencar de seguida:

  • rebocar toda o muro da casa virado para Norte, por onde entra alguma água pelos nichos;
  • isolar o chão junto a esse muro por onde corre a água das caleiras do telhado e equacionar entubar essa mesma água;
  • restaurar o tanque de água das traseiras e transforma-lo numa pequena piscina de água corrente (o que vai também implicar levar até lá a água das denominadas sobras do reservatório da aldeia);
  • finalizar a ligação da água da companhia (do contador até ao pátio da frente);
  • vedar o quintal das traseiras para que os cães possam andar lá à vontade sem fugirem para a vizinhança (onde pastam vacas e bezerros impressionáveis).

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