Bico do Patelo

Para além dos bosques de carvalhos, dos inúmeros ribeiros e dos matos rasteiros onde domina a urze, a carqueja e a giesta, os afloramentos graníticos constituem um dos elementos centrais da paisagem de Castro Laboreiro. É praticamente impossível olhar em volta e não ver algures fragas e escarpas que, ao longo do tempo, foram sendo lentamente moldados pelo vento e pela água, transformando-se algumas em formas tão curiosas, que suscitaram o batismo e por vezes a veneração da gente castreja.

Este fim-de-semana, e em plena época de enxames (mais sobre este tópico num próximo post), partimos à descoberta do que muitos apodam de cockpit do Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Bico do Patelo. Situado na margem esquerda do vale do Laboreiro, esta caprichosa formação granítica em forma de bico de águia (ou de personagem dos Marretas) é visível, ao longe e a nascente, a partir da estrada da Ameijoeira e, de mais perto e a poente, pelo estradão que leva à Ermida da Nossa Senhora de Numão. O percurso para lá chegar une duas inverneiras: Curveira (com um muito bem preservado forno comunitário) e Cainheiras (com a sua bela ponte romana). Cerca de 4km que sobem a valer até ao cume. mas que passam por umas das zonas mais belas da serra que é o território por excelência da cabra-montês (não vi nenhuma, mas vi excrementos frescos). Percurso absolutamente imperdível que, infelizmente, não gravei no Garmin pois estava sem bateria. Mas creio que as fotos falam por si.

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