Estamos de férias, mas os pequenos projectos continuam a rolar.
A Manela já andava há meses a cobiçar algumas das belas rodas de charrua em ferro que se podem encontrar votadas ao semi-abandono nos pátios e jardins de Castro, mas que outrora devem ter percorrido muitos dos trilhos que unem os diversos povoados. A ideia da menina consistia em utilizá-los para construir um banco para o exterior da casa e até já tinha maturado um local para ele e tudo, na eira comum do centeio a sul do muro da casa.
Só faltava o banco.
Após algumas sondagens infrutíferas pela vizinhança, o bendito Senhor Oliveiros, vizinho da Duartina do Teso, teve a suprema gentileza de nos oferecer um belíssimo par de rodas em óptimo estado. Queríamos pagar, mas ele fez mesmo questão em oferecer. Um bacano.
Durante a semana, comecei a magicar um pequeno esboço da empreitada. Comprei umas ferragens mais um barrote e uma bela tábua de pinho nas Madeiras Leitão (em Gaia) e depois foi medir, cortar, lixar e preparar os materiais para as intempéries da serra. Ao todo, terei gasto pouco mais de 30 euros. O filhote ainda me ajudou a serrar uns Ls em aço para as costas e depois tive a ajuda dos meus primos serralheiros aqui de Canidelo (obrigado, Tono e Jorge) para os furar (a coisa pedia uma brocas especiais) e criar um ergonómico ângulo de 105 graus entre as arestas.
Levámos tudo na Kangoo para a Entalada no Sábado e foi no pátio da casa que, após limpar, lixar e pintar as rodas, procedemos à delicada operação de montagem. A coisa correu muito bem, ninguém se magoou (como podem ver pelas fotos, havia potencial para isso) e ficámos todos muito satisfeitos com o resultado final. A pior parte acabou por ser transportar o pesadíssimo artefacto para a referida eira, mas a nossa vizinha Raquelinda ainda nos deu uma valiosa ajuda.
Agora é tentar sentar o máximo de gente no banco para se ir construindo uma pequena galeria de fotografias que serão aos poucos publicadas no blogue.















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