Fim-de-semana em cheio com o Matias, a Patrícia e o Paulo, repetindo a dose pascoal do ano passado.
Na sexta, apesar do tempo chuvoso, atirámo-nos (com o beneplácito dos convidados) à tarefa de fertilizar a terra cavada do quintal das traseiras, tudo graças ao precioso estrume de vaca gentilmente disponibilizado pela nossa vizinha Raquelinda. Quatro carros-de-mão fumegantes que irão fazer maravilhas à terra muito empobrecida da futura horta. Nos próximos dois fins-de-semana, temos as feiras de Entrimo e Lóbios, onde esperámos encontrar muitas novidades para plantar. Há planos para vagens, cebola, alface, tomate e pepino.









Ainda de tarde, os pequenos e respectivas mamãs transplantaram os dezasseis morangueiros que adquirimos em Miramar e Ponte de Lima, enquanto os papás aparafusavam quatro ripas nos lados Norte e Sul da nova fossa onde depois prendemos os novos vasos. A nossa esperança é que a sombra do grande carvalho das traseiras proteja as plantas do sol que sabemos poder ser impiedoso nos meses mais quentes. Havemos igualmente de instalar um sistema de rega automático semelhante ao do jardim da frente tanto para a horta como para os morangueiros. Planos não nos faltam!





No Sábado, acordámos com a expectativa de haver neve para os pequenos. Os portais meteorológicos não eram optimistas, mas quando a chuva que caía na Entalada começou a vir misturada com flocos, sugeri logo que fôssemos para a planalto. Durante a viagem, a neve caía com tamanha intensidade que ficámos literalmente boquiabertos a olhar para a paisagem. Quando dei por ela, o carro começou a patinar na neve que entretanto já se tinha acumulado na estrada das brandas. Achei mais seguro encostar o carro à berma (as correntes tinham ficado em casa) e aproveitar para curtir cá fora o belo espectáculo da neve na Serra do Laboreiro.
Este ano tem sido um fartote de neve: desde Fevereiro que este já foi o quarto fim-de-semana em que nevou em quantidade suficiente para a neve permanecer sobre o solo e cobrir toda a paisagem com o seu manto diáfano. Não nos podemos queixar.

Pelas 11h, lá apareceu o limpa-neves conduzido pelo Alípio, um simpático castrejo de Portela que de imediato nos garantiu que viria nos salvar mal limpasse toda a estrada até Portos. Acabaria por demorar cerca de duas horas pois teve entretanto de rebocar nada mais do que nove viaturas também presas na neve. Depois do almoço na vila, a lareira da casa revelou-se absolutamente magnética para dois terços da comitiva. Ainda assim consegui convencer o Paulo a ir até ao final da EM1160 espreitar o rio Laboreiro em Ribeiro de Baixo que estava bravíssimo!
No Domingo, antes de regressarmos para os almoços com as respectivas famílias, pude ainda regalar a avó Adozinda com uma especialidade castreja confeccionada pela nossa insuperável benfeitora, vizinha e amiga, a querida Duartina:

A cabritinho da Duartina saiu do forno e viajou 170km para fazer as delícias não apenas da minha mãe, mas da avó Manela, do Jorge e da Leonor. Ah e não esquecer uma deliciosa (que eu provei!) tarde de mel e amêndoas que era de louvar aos céus.
Há fins-de-semana assim, só com coisas boas.
eu diria melhor: uma deliciosa tarte de mel e amêndoas de levar aos céus!