Se, em Fevereiro passado, improvisámos uns rótulos bem giraços com uns desenhos e a caligrafia do pequeno para os nossos frascos de mel, para esta última cresta já tinha pensado em elaborar uma coisa mais sofisticada. Comecei a pesquisar rótulos de mel pela rede e a esmagadora maioria usava sempre os mesmos (e porventura inevitáveis) lugares comuns: muito amarelo, algum vermelho e castanho, favos e abelhas com abundânica e, aqui e ali, fotos das flores cujo pólen tinha sido utilizado para a confecção do mel. São rótulos em muitos casos bem giros, sobretudo os mais artesanais, mas que acabam também por vezes por pecarem por falta de identidade.
Depois de conseguir convencer o Joãozinho que seria melhor não colocar nenhuma abelha no rótulo (não foi fácil), procurei encontrar um elemento gráfico que permitisse identificar (pelo menos para nós) o local onde estão as nossas colmeias. E foi assim que me lembrei do grande carvalho das traseiras. Tirei-lhe uma foto e depois desenhei o contorno a negro num fundo branco. A ideia do branco foi da Manela que nos chamou a atenção para o facto de o nosso mel este ano ser muito escuro e de qualquer outra cor não conseguir ser tão inequívoca no contraste. A partir daí foi apenas encontrar uma fonte que tivesse algo de orgânico para aludir a ramos e folhagem e preencher a copa da árvore: era importante por isso não hierarquizar a informação, evitando não apenas negritos ou capitulares como fazendo corresponder o tamanho da fonte ao espaço disponível. Simples e directo.



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