O gigante albino

Vi pela primeira vez um Castro Laboreiro albino há cerca de dois anos em Olelas, na Galiza. Fiquei boqueaberto. Apesar de ter tentado várias vezes um reencontro, nunca mais o vi. Pouco tempo depois, cruzei-me na Várzea Travessa com o gigante albino que podem ver na fotografia e também fiquei pasmo perante a peregrina visão. Apesar de ser tão esquivo como o primo galego, este fim-de-semana consegui finalmente tirar-lhe uma fotografia. A sua raridade pode ser atestada pelo facto de muitos castrejos desconhecerem a possibilidade de haver Castros Laboreiros albinos, mais habelos, hainos (como dizem os galegos). É um pequeno milagre que o resgata dos potenciais horrores da eugenia canina para a suprema diversidade da miscegenação. Bem hajas, gigante albino. Não sei como te chamas, mas acho-te lindo de morrer.

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